Há muitas razões para o nosso lamento, desde o medo de que a liberdade religiosa nos seja tirada a preocupações com ostracismo social e marginalização cultural. Mas de todas as coisas que nos entristecem, talvez a que seja mais difícil é ver alguns de nossos amigos, alguns de nossos familiares e algumas pessoas que já sentaram ao nosso lado na igreja dando seu “amém” para uma prática que nós ainda cremos que seja pecado e para uma decisão que cremos ser ruim para todo o país. Uma coisa é a nação inteira dar uma festa da qual não podemos participar em boa consciência. É outra completamente diferente olhar ao redor para vermos se não estamos sozinhos e descobrir que nossos amigos estão na pista de dança. Nós pensávamos que o arco-íris era um sinal de Deus (Gênesis 9.8-17).
Se você se considera um cristão que crê na Bíblia, um seguidor de Jesus cujo fim principal é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre, há algumas questões importantes que eu espero que você considere antes de levantar a bandeira e saudar a revolução sexual. Essas questões não são meramente retóricas ou irônicas. São perguntas sinceras, que eu espero que levem meus irmãos e irmãs com seus novos avatares multicoloridos a pararem e pensarem sobre a bandeira que estão hasteando.
- Desde quando você acredita que o casamento gay é algo para ser celebrado?
- Quais versículos da Bíblia te levaram a mudar de ideia?
- Como você argumentaria, a partir da Escritura, que a atividade sexual entre duas pessoas do mesmo sexo é uma bênção a ser celebrada?
- Quais versos você usaria para mostrar que o casamento entre pessoas do mesmo sexo pode representar adequadamente Cristo e a igreja?
- Você acredita que Jesus não teria problemas com comportamento homossexual consensual entre adultos em um relacionamento comprometido?
- Se sim, por que Ele reafirmou a definição de Gênesis de que o casamento é entre um homem e uma mulher?
- Quando Jesus falou contra a porneia, quais pecados você acha que ele estava proibindo?
- Se algum comportamento homossexual é aceitável, como você entende a “mudança” pecaminosa que Paulo destaca em Romanos 1?
- Você acredita que passagens como 1 Coríntios 6.9 e Apocalipse 21.8 ensinam que a imoralidade sexual pode te afastar do céu?
- A quais pecados sexuais você pensa que essas passagens se referem?
- Quando você pensa na longa história da igreja e sua reprovação quase universal da atividade homossexual, qual parte da Bíblia você entendeu e Agostinho, Calvino e Lutero não entenderam?
- Quais argumentos você usaria para explicar para os cristãos da África, Ásia e América do Sul que o entendimento deles sobre a homossexualidade é biblicamente incorreto e o seu novo entendimento não é condicionado pela cultura?
- Você acredita que Hillary Clinton e Barack Obama, entre outros políticos, foram motivados por arrogância e preconceito quando, por quase todas as suas vidas, até pouco tempo atrás, definiram o casamento como o relacionamento pactual entre um homem e uma mulher?
- Você pensa que crianças se sairão melhor com uma mãe e um pai?
- Se não, qual pesquisa você apresentaria para apoiar essa conclusão?
- Se sim, a igreja ou o estado tem algum papel em promover ou privilegiar as condições para que as crianças tenham uma mãe e um pai?
- O propósito e o fim do casamento apontam para algo maior do que a realização emocional e sexual de um adulto?
- Como você define casamento?
- Você acredita que parentes próximos deveriam poder se casar?
- O casamento deveria ser limitado a apenas duas pessoas?
- Com base em quê, se há alguma, você impediria adultos em consentimento, com qualquer grau de parentesco ou em qualquer número, de se casarem?
- Deveria haver um requisito mínimo de idade para se obter uma licença de casamento?
- Igualdade implica que qualquer um que deseje se casar possa ter qualquer tipo de relacionamento definido como casamento?
- Se não, por que não?
- Irmãos e irmãs em Cristo que discordam da prática homossexual deveriam poder exercitar suas crenças religiosas sem medo ou punição, retribuição ou coerção?
- Você vai defender seu amigo cristão quando seu empregos, seu crédito, sua reputação e sua liberdade forem ameaçados por conta dessa questão?
- Você vai se posicionar contra o bullying e a opressão de todos os tipos, quer seja contra gays e lésbicas ou contra evangélicos e católicos?
- Como a igreja evangélica tem falhado frequentemente em levar a sério os divórcios não bíblicos e outros pecados, quais passos você vai tomar para se certificar que os casamentos gays sejam saudáveis e de acordo com os princípios da Escritura?
- Casais gays em relacionamentos abertos devem ser sujeitos à disciplina eclesiástica?
- É pecado pessoas LGBT se envolverem em atividades sexuais fora do casamento?
- O que as igrejas abertas e inclusivas farão para falar profeticamente contra divórcio, fornicação, pornografia e adultério, quando estes forem descobertos?
- Se “o amor vence”, como você define amor?
- Quais versos você usa para estabelecer essa definição?
- Como a obediência aos mandamentos de Deus molda nosso entendimento de amor?
- Você acredita que é possível amar alguém e discordar de decisões importantes que ela tome?
- Se apoiar o casamento gay é uma mudança para você, mais alguma outra coisa mudou no seu entendimento da fé?
- Enquanto evangélico, como o seu apoio ao casamento gay te ajudou a se tornar mais apaixonado pelos distintivos evangélicos tradicionais, como foco no novo nascimento, o sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a confiabilidade total da Bíblia e a necessidade urgente de evangelizar os perdidos?
- Quais igrejas abertas e inclusivas você apontaria como lugares onde pessoas estão sendo convertidas ao Cristianismo ortodoxo, pecadores estão sendo alertados do julgamento e chamados ao arrependimento e missionários estão sendo enviados para plantar igrejas entre os povos não alcançados?
- Você espera estar mais comprometido com a igreja, com Cristo e com as Escritura nos próximos anos?
- Quando Paulo exorta “os que tais coisas praticam” e aqueles que “aprovam os que assim procedem”, quais pecados você pensa que ele tinha em mente?
Algo para se pensar. No mínimo, algo para mastigar antes de engolir tudo que o mundo e o Facebook colocam em nossos pratos.
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